sábado, outubro 08, 2011

Cuba tem até especialização em xadrez, enquanto Brasil está na fase escolar


Enquanto Cuba já está oferecendo curso de pós-graduação em xadrez, visando a profissionalização de seus professores na modalidade, o Brasil caminha para a implantação do jogo na grade curricular das escolas. Por enquanto, cidades como São Paulo ou Salvador trabalham com a adesão voluntária de estudantes às aulas teóricas e práticas oferecidas nas redes de ensino particular e pública.
“Em Cuba, o xadrez está na grade curricular desde 1939”, contrapôs o mestre internacional Gerardo Lebredo, diretor do Instituto Sul-Americano de Xadrez, de Cuba, em visita à sede do Grupo A TARDE, onde foi recepcionado pelo diretor executivo Renato Simões Filho.
Também acompanharam a visita o procurador do Estado e escritor Luiz Cláudio Guimarães e o secretário da FBX, Wilter Pereira. Lebredo observou que o esporte é muito popular em seu país e está presente na cultura nacional desde o século 18. O resultado, segundo atestou, são estudantes mais concentrados nas aulas e bons resultados nos estudos, com a ajuda do xadrez.
Brasil - O mesmo movimento está sendo registrado no Brasil, segundo o grande mestre internacional, o brasileiro Giovanni Vescovi, ao defender a inserção da esporte como ferramenta pedagógica. “Cerca de 40% da rede pública já está aderindo”, disse, incluindo na lista a própria filha, Katherine, estudante da Escola Morumbi, em São Paulo.
Ainda segundo ele, além de facilitar a aprendizagem de disciplinas, principalmente na área de exatas, o xadrez contribui como facilitador para falar outros idiomas. “Tenho dificuldade de me comparar, no antes e depois, porque praticamente desde que nasci jogo xadrez. Não sei como seria se não tivesse essa ferramenta”, declarou o GMI.
Vescovi fala idiomas como o russo, inglês, espanhol e alemão fluentemente. “Aprendi a falar sueco sozinho”, acrescentou. A filha Katherine, multi - campeã brasileira , segue caminho parecido: “Só sei falar espanhol”, respondeu a menina, mais interessada em desenhar no quadro de uma das salas. Pausa nos desenhos, alguns imitando as pessoas presentes, só para falar do que gosta ou não. “Eu gosto de campeonatos e de atacar no jogo. Só não gosto de perder”, respondeu, antes de voltar aos desenhos.
Ranking - Em relação a Cuba, o Brasil sai em desvantagem, quando o assunto é a classificação no ranking mundial. “Nós estamos entre os 100 do mundo, Cuba entre os 20 primeiros”, certificou Giovanni Vescovi. O Brasil tem cerca de dez grandes mestres enquanto em Cuba há cerca de 26, segundo Lebredo.
O diretor Renato Simões Filho disse que o grupo A TARDE dará incentivo ao xadrez em todos os seus veículos. “Aqui nós temos um campeonato interno de xadrez”, lembrou.


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